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Economia: Lojas do varejo nacional estão em fechamento por todo o país: Entenda o motivo!

Confira o motivo do fechamento de diversas lojas pelo país!

Nos últimos meses, tem sido cada vez mais comum ouvirmos notícias sobre o fechamento de lojas. O cenário no mercado brasileiro tem sido desafiador, com varejistas tradicionais sendo forçados a encerrar as operações de mais de 110 pontos comerciais desde o início do ano.

Além disso, eles anunciaram que mais cem lojas serão fechadas nos próximos meses. Essa tendência preocupante de fechamento de lojas está diretamente relacionada ao elevado endividamento dessas empresas e ao aumento dos casos de pedidos de falência e recuperação judicial.

Confira o motivo do fechamento das lojas de grandes marcas do varejo nacional

Fechamento lojas

No primeiro trimestre de 2023, houve um aumento significativo nos pedidos de falência e recuperações judiciais de empresas, de acordo com a Serasa Experian. O fechamento de lojas faz parte de uma estratégia comum do varejo, que precisa constantemente reavaliar o desempenho dos pontos de venda.

Caso Americanas

A Americanas entrou em crise no início deste ano, anunciando sua recuperação judicial devido a dívidas de R$ 42,5 bilhões. Desde então, a empresa fechou várias de suas lojas físicas e o faturamento de seus canais online também foi afetado.

A expectativa é que a empresa feche cerca de 4% de suas unidades neste ano, totalizando mais de 70 estabelecimentos. Com quase 10 mil credores, incluindo 12 bancos, a dívida da Americanas apenas com as instituições financeiras chega a R$ 26,4 bilhões.

Crise de crédito

A falta de crédito e os juros elevados são apontados como grandes dificuldades enfrentadas pelas empresas atualmente, afetando seus planos de recuperação. A escassez de oferta de empréstimos para pessoas jurídicas e a alta inadimplência têm levado os bancos a serem mais cautelosos na concessão de crédito.

A crise de crédito tem impactado negativamente o varejo, dificultando as vendas, o acesso a capital de giro e a capacidade de investimento. As altas taxas de juros têm encarecido as transações comerciais tanto para os comerciantes quanto para os consumidores, afetando o setor como um todo.

Gestão estratégica

Parte da crise enfrentada pelo varejo de moda e decoração é atribuída a falhas de gestão. A empresa Renner, por exemplo, fechou 20 lojas devido a decisões ruins e erros de estratégia por parte da direção.

O lançamento da coleção de inverno não teve o resultado esperado devido ao alto nível de estoque no início do ano e às temperaturas ainda elevadas, o que resultou em baixas vendas.

A empresa planeja inaugurar novas lojas, mas continuará avaliando o desempenho de suas unidades e poderá encerrar atividades caso não apresentem bons resultados.

Processo natural

A crise no varejo de moda e decoração afeta diversas empresas. A Renner fechou algumas lojas, mas também está abrindo novas unidades em diferentes localidades. A Lojas Marisa encerrou e planeja fechar mais lojas, além de renegociar aluguéis. A empresa enfrenta dificuldades financeiras há anos, com prejuízos crescentes.

A Riachuelo fechou sua loja-conceito e a Centauro fechou dez unidades devido à queda nas vendas. A Amaro está em processo de recuperação extrajudicial devido às dívidas. A crise no varejo também inclui a falência da Livraria Cultura e as recuperações judiciais da Livraria Saraiva e da Máquina de Vendas.

Fuga do parcelamento

A queda na intenção de compra parcelada e a falta de confiança do consumidor estão impactando o varejo. Setores que dependem de financiamentos, como veículos e eletrônicos, estão enfrentando uma redução significativa nas vendas.

Empresas como a Tok&Stok estão fechando lojas devido a dificuldades na transição para o ambiente digital, enquanto a Casas Bahia fechou uma de suas lojas para cortar custos. A confiança do consumidor continua em queda, principalmente devido à redução da atividade econômica e à insegurança em relação ao emprego.

Essa situação reflete-se no fechamento de lojas físicas e na busca por alternativas, como a venda online. A transformação digital tornou-se crucial durante a pandemia, mas muitas empresas enfrentaram desafios nessa transição.

Pedidos de falência e recuperações judiciais

No primeiro trimestre deste ano, houve um aumento significativo no número de pedidos de falência e recuperação judicial por parte das empresas, afetando diversos setores.

As micro e pequenas empresas são as mais afetadas, representando a maioria dos pedidos. Além disso, até mesmo grandes empresas, como o Grupo Petrópolis, estão enfrentando dificuldades financeiras e entrando com pedido de recuperação judicial.

A expectativa é de uma possível melhora no varejo a longo prazo, no último trimestre do ano, mas isso dependerá da redução da taxa de juros e de fatores como programas de auxílio e aumento do salário mínimo.