O cartão de crédito com função empréstimo vem ganhando espaço no sistema financeiro brasileiro porque oferece ao consumidor mais do que a possibilidade de parcelar compras. Com ele, é possível solicitar dinheiro vivo, depositado diretamente na conta, sem necessidade de abrir um contrato de empréstimo separado.
Esse recurso combina duas modalidades em um único produto: o crédito rotativo do cartão e a concessão de um empréstimo pessoal. Apesar da facilidade, ele exige cuidado. O dinheiro obtido vem acompanhado de juros que costumam ser superiores a outras opções disponíveis no mercado. Por isso, compreender as condições antes da contratação é fundamental para usar essa ferramenta de forma estratégica.
Como funciona a liberação do valor?

A solicitação do cartão de crédito com função empréstimo geralmente é feita em aplicativos de bancos ou em caixas eletrônicos. Quando o pedido é aprovado, o valor contratado cai na conta corrente em poucas horas. O pagamento é incorporado à fatura do cartão em parcelas fixas, o que facilita a organização, mas também aumenta o risco de endividamento quando já existem gastos elevados no mês.
Diferente do saque com cartão, em que os juros do rotativo começam a contar imediatamente, o empréstimo vinculado funciona como uma linha contratual. Isso significa que há definição prévia de prazo, taxa de juros e número de parcelas. Dessa forma, o consumidor tem mais previsibilidade, mas continua sujeito a custos elevados se não houver planejamento adequado.
Benefícios e pontos de atenção
Entre os atrativos do cartão de crédito com função empréstimo estão a agilidade e a conveniência. O processo é menos burocrático do que a contratação de um empréstimo convencional, o que o torna útil em cenários emergenciais. Além disso, a centralização das parcelas na fatura evita a multiplicação de boletos, simplificando o controle financeiro.
- Liberação rápida do dinheiro solicitado
- Depósito direto na conta corrente
- Pagamento parcelado em até 48 meses
- Contratação digital, sem visita ao banco
- Critérios de análise menos rígidos em alguns casos
Apesar dessas vantagens, o uso indiscriminado pode ser arriscado. As taxas de juros tendem a ser mais altas, já que não há garantias formais associadas. Outro ponto de atenção é a sensação de “dinheiro fácil”, que pode levar o consumidor a usar essa função de forma recorrente, transformando o que deveria ser uma solução emergencial em uma fonte de dívidas.
H3: quando utilizar o cartão de crédito com função empréstimo
O cartão de crédito com função empréstimo deve ser reservado para situações pontuais e inevitáveis, como emergências médicas, reparos domésticos urgentes ou necessidade de liquidez imediata para evitar prejuízos maiores. Ele não é indicado para consumo cotidiano, viagens planejadas ou investimentos de longo prazo, pois nesses casos há linhas mais baratas e seguras.
Conclusão
O cartão de crédito com função empréstimo representa uma inovação prática no mercado, mas precisa ser usado com responsabilidade. Ele oferece rapidez na liberação e simplicidade no pagamento, mas cobra um preço alto em juros quando comparado a outras linhas de crédito.
Antes de contratar, vale sempre comparar com alternativas como empréstimos pessoais, consignados ou até cooperativas de crédito. Essa análise garante que a escolha seja estratégica, evitando que a praticidade se transforme em risco e assegurando que o crédito seja um aliado para manter a saúde financeira.





